Sunday, October 25, 2009

19 - Sugestões Práticas para o Ministro de Libertação

19 - Sugestões Práticas para o Ministro de Libertação
Como é que alguém, na prática, realiza o ministério de libertação? As sugestões feitas neste capítulo não são dadas nem como as únicas nem como as últimas maneiras de agir. E nosso propósito compartilhar o que temos conseguido aprender pelo estudo, pela revelação e pela experiência. Insistimos que cada pessoa que se engaja no ministério de libertação deve estar aberta às instruções e à orientação do Espírito Santo.
A Sala e o Equipamento
Quando um encontro é planejado com antecedência, um lugar apropriado deve ser escolhido. Deve ser uma sala separada, para não atrapalhar os outros e para que os outros não atrapalhem. Devem ser providenciadas cadeiras suficientes para cada pessoa presente.
Uma cadeira simples será colocada no meio para facilitar a chegada dos membros da equipe ao paciente, de modo que quando os demônios saírem com vômito e tosses, deve-se estar equipado para
tomar conta dessa possibilidade. Uma bacia de plástico ou um cesto de papel devem ser providenciados, bem como uma caixa de lenços de papel. Para as anotações, deve-se providenciar um caderno e caneta.
A Entrevista Preparatória
Vamos supor que o candidato à libertação não está sendo pressionado pela família ou amigos e se prontificou a libertação. Já foi explicado que honestidade e humildade são as chaves de uma ministração eficaz".
A pessoa tem de saber claramente que aquilo de que se toma conhecimento na sala de libertação é feito em plena confiança e "sua história" não será espalhada em nenhum lugar. Porém, os libertados devem ser encorajados a testemunhar do poder e do amor de Jesus Cristo. Assim Jesus ordenou ao gadareno demoníaco:
"Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam." (Marcos 5:19, 20.)
O motivo da entrevista é determinar a presença de espíritos e descobrir a natureza deles. Isso é conseguido ao determinar quais são ou têm sido os problemas na vida do candidato. Os demônios entram pelas portas abertas em nossa vida. O objetivo é determinar quando e como as portas foram abertas.
Um membro da equipe servirá de secretário. Em primeiro lugar, escreva o nome e endereço do candidato e a data da ministração.
As anotações feitas têm um tríplice objetivo:
(1) Ajudará a equipe a agir de maneira metódica, para uma liber- tação completa.
(2) Talvez a pessoa libertada queira uma cópia das notas para saber quais foram os demônios expulsos e saber exatamente aquilo que deve evitar para conservar sua libertação.
(3) E um registro para ser usado pela equipe no caso ele mais trabalhos com a pessoa. Quando uma equipe trabalha com muitas pessoas, é difícil lembrar tudo o que aconteceu em cada caso.
Deixe a pessoa começar contando experiências e atitudes na vida passada que possam ter aberto uma brecha para a entrada de demônios. Satanás não obedece a regras éticas e tira proveito de tudo, inclusive circunstâncias da infância. Aliás, ele opera dessa maneira para providenciar as circunstâncias pelas quais ele possa operar.
Deixando a pessoa contar suas experiências, ela vai revelar coisas como rejeição, insegurança, solidão, inferioridade, ressentimento, rebelião, medo, ódio, pena-de-si, fantasia, ciúme e mentira.
O candidato pode insistir que algumas dessas coisas não são mais problemas em sua vida. Pode ser verdade. Mas inúmeras experiências têm provado que, uma vez aberta a porta para certo demônio entrar, ele fica até ser mandado embora. Ao tornar-se cristão, sua vida espiritual se desenvolve e seu poder aumenta para combater os demônios.
Não quero dizer que isso indica que os demônios se desanimam e saem. Jesus nunca ensinou outra maneira de ficar livre de demônios a não ser expulsando-os em Seu nome. Temos ouvido demônios reclamarem que não têm mais uma casa confortável na pessoa em que moram e que seu poder sobre aquela pessoa diminuiu. Mesmo assim, o demônio prefere ficar, em vez de correr o risco de não poder entrar em outra pessoa. Ele fica aí na esperança de poder pegar a pessoa num momento de fraqueza para mais uma vez poder reinar nessa vida.
Os problemas que alguém tem no presente geralmente têm suas raízes na vida passada. Por exemplo, pode existir tensão e contenda entre marido e esposa. Isso pode vir de um espírito de rebelião que entrou na esposa quando ela era pequena e do espírito de ressentimento que entrou no marido quando ele era menino. Esses são os tipos de fatos que o "bate-papo" inicial ajudará a trazer à luz.
Quando um demônio é discernido, comece a procurar seus companheiros. Por exemplo, a pessoa poderia dizer que tem um problema com "timidez". Os espíritos acompanhantes podem incluir insegurança, inferioridade, acanhamento e pena-de-si. Ao discernir colônias de demônios, ponha-os juntos numa lista e trate da colônia toda quando expulsá-los. Se um deles ficar, tentará abrir a porta para a volta dos outros.
Há várias coisas que impedirão uma pessoa de receber libertação. A mais comum é falta de perdão aos outros. Quem tem qual- quer rancor para com qualquer pessoa, morta ou viva, não pode ser liberta por completo. A razão disso é notada em Mateus 18:21-35. Uma vez que Deus já nos perdoou, temos de perdoar os outros. O castigo para a falta de perdão é ser "entregue aos verdugos" - os espíritos demoníacos. Isso pode ser consertado com facilidade se a pessoa fizer uma oração de perdão para todos os que possam tê-la ofendido.
Envolvimento com ocultismo é a segunda barreira ou impedimento à ministração. Essas coisas pertencem ao reino de Satanás e são abominações ao Senhor. Qualquer contato com o ocultismo, ainda que ligeiro, deve ser tomado a sério. Deve ser renunciado, e com pedido de perdão a Deus. O mesmo é indicado se a pessoa foi envolvida em qualquer seita religiosa ou religião falsa.
Outro empecilho à libertação é o aborto provocado. Se uma
mulher provocou um aborto, deve confessá-lo como pecado de homicídio e receber o perdão de Deus. Qualquer homem responsável por um aborto provocado deve confessar sua parte nisso.
Uma vez eu estava ministrando a uma conhecida. Sua libertação ficou parada e os demônios se recusaram a sair. Naquele noite, Deus me acordou e me deu uma palavra de conhecimento - "aborto". Conhecia essa senhora de tal modo que sabia que ela não tinha sofrido um aborto, mas no dia seguinte perguntei se ela tivera qualquer conexão com um aborto.
Ela queria saber como eu sabia disso, e contei como Deus tinha me revelado o fato. Então, ela me contou que três meses antes uma vizinha tinha feito uma visita a sua casa. A vizinha estava grávida pela quarta vez. Ela não queria mais outro filho e pediu sua opinião sobre o aborto. Ela aconselhou a vizinha a submeter-se a um aborto. Ao entender que isso era errado, ela o confessou, e o resto dos demônios começou a sair.
Algumas pessoas bem experimentadas no ministério de libertação testificam que adultério inconfessado impedirá a ministração?
Alguns dizem que o pecado tem de ser confessado à pessoa ofendida. Minha experiência tem mostrado que isso não é uma regra fixa, uma vez que demônios de lascívia e de adultério têm sido expulsos de pessoas que não confessaram ao esposo ou esposa.
Todos nós sabemos que qualquer tipo de pecado tem de ser confessado a Deus antes de se ficar libertado, e é minha convicção particular que alguém deve estar completamente aberto para confessar o adultério à esposa ou ao marido, se o Senhor indicar; Talvez nem o marido nem a esposa estejam preparados para ouvir tal confissão.
É necessário sabedoria. Nosso objetivo é não dar lugar ao diabo,
quer seja pela falta de confissão ou por uma confissão inoportuna.
A Oração de Libertação
A oração é especialmente apropriada na hora da libertação. Qualquer dos presentes pode dirigi-la. Mas antes de começar a libertação propriamente dita, o candidato também deve orar. Para facilitar, resolvemos ter uma oração por escrito. Cada membro da equipe tem uma cópia em sua Bíblia.
A oração que usamos foi composta pelo Dr. Derek Prince, e é a seguinte:
"Senhor Jesus Cristo, creio que Tu morreste na Cruz por meus pecados e ressuscitaste da morte. Tu me redimiste por Teu sangue e pertenço a Ti, e quero viver para Ti. Confesso todos os meus pecados, conhecidos e desconhecidos. Lamento-me por todos eles. Renuncio a todos eles. Perdôo a todas as pessoas que me ofenderam, do mesmo modo que quero que Tu me perdoes. Perdoa-me agora e purifica-me com Teu sangue. Agradeço-Te pelo sangue de Jesus que me purifica agora de todo pecado. E chego a Ti neste momento como meu Libertador. Tu sabes minhas necessidade especiais, aquilo que me amarra, que me atormenta, que perverte, aquele espírito maldito. Reivindico a promessa de Tua Palavra: 'Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo'. Chamo por Ti agora. Em nome de Jesus Cristo, liberta-me, ó Senhor. Satanás, eu renuncio a ti e a toda tua obra. Eu me desligo de ti, em nome de Jesus Cristo, e te mando deixar-me agora, neste momento, em nome de Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. Amém."
Tomando Autoridade sobre Poderes Espirituais
Já mostramos no capítulo "Nossos Inimigos Espirituais" que
poderes demoníacos são colocados numa escala de autoridade. Satanás tem seus representantes designados sobre nações, cidades, igrejas, lares e sobre indivíduos. A Bíblia nos ensina a usar essa estrutura de poder na luta espiritual. Então, tome autoridade sobre todos os poderes mais altos que têm autoridade sobre os demônios habitando naquele que está sendo liberto. Amarrando esses poderes mais altos, eles não poderão impedir a ministração. Amarre o valente ou espírito-chefe, que está sobre os demônios menores que habitam na pessoa.
"Como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? e então lhe saqueará a casa." (Mateus 12:29.)
Mande todos os demônios que habitam na pessoa desligarem-se uns dos outros. Ordene que não se ajudem nem encorajem aos outros de forma alguma.
Ordene aos Espíritos que Saiam
Enquanto um dos ministros começa a mandar os espíritos saírem em nome de Jesus Cristo, as outras pessoas na sala estarão orando, louvando, cantando ou lendo a Bíblia. Isso deve ser feito em voz baixa. Na primeira fase do meu ministério, gastei minha voz dentro de pouco tempo. Não é a altura da voz cm que você fala que faz os demônios temerem e obedecerem, mas a autoridade com que você fala, em nome de Jesus.
Geralmente, falo aos demônios dessa maneira: "Demônios, sei que vocês estão aí. Sei de sua presença e conheço suas obras malditas. Digo que vocês não têm direito nenhum de ficar nessa pessoa. Ela pertence a Jesus Cristo. Jesus comprou-a com Seu sangue. Esse corpo é o templo do Espírito Santo. Tudo o que o danifica é expulso. Vocês são
transgressores e têm de sair. Mando vocês embora neste momento em nome de Jesus Cristo."
Quem está sendo liberto deve cooperar da seguinte maneira: deixar de louvar, de orar e de falar em línguas estranhas. Essas são as maneiras de receber o Espírito Santo. A boca e a respiração devem ser deixadas livres para a saída dos espíritos maus. A pessoa deve ser encorajada a entrar na luta. Ela mesma pode confrontar os espíritos ordenando-lhes a sair.
Em seguida, a pessoa que está sendo liberta deve começar a respirar fundo, com a boca aberta, várias vezes. Já que os espíritos saem pela respiração - boca ou nariz -, isso ajudará a expeli-los. Ou a pessoa poderá tossir. Geralmente, isso é suficiente para iniciar a saída dos demônios. É possível que na manifestação voluntária a pessoa possa forçar uma tosse, e os demônios resolvam sair nos bocejos.
Continue dando ordens aos demônios até os resultados virem. A confiança aumenta com a experiência. Parece que os demônios percebem a falta de confiança da pessoa que está ministrando. À medida que a autoridade da fé aumenta, os demônios responderão mais rapidamente.
Se, por acaso, nenhum espírito saiu após quatro ou cinco minutos, é possível que haja um impedimento. Um jovem veio para ser liberto. Mandamos os demônios saírem. Imediatamente eles manifestaram sua presença sacudindo o corpo do rapaz. A luta continuou por uma hora. Havia evidências de que estavam presentes e perturbados, mas nenhum saiu. Paramos e procuramos a orientação do Espírito Santo.
Enquanto estávamos orando, o rapaz todo nervoso começou a procurar alguma coisa nos bolsos. Perguntei o que ele estava procurando. Ele respondeu que era a medalha de São Cristóvão que
usava para boa sorte e proteção. Finalmente, ele a achou e pendurou-a ao pescoço. Explicamos que isso era um ídolo que tomava lugar mais alto que Deus na vida dele.
Ele havia se convertido há poucos dias e estava aberto ao ensino. Ele tirou a medalha, renunciou a ela, pedindo perdão a Deus por ter dependido daquilo para ajuda. Num instante, os demônios começaram a sair. Eles não tinham mais o direito de ficar.
As Escrituras, cânticos e referência ao sangue de Jesus são cheios de poder. Não é para repetir muitas vezes a palavra "sangue" nem "clamo pelo sangue". Mas dê testemunho do que o sangue faz para aquele que crê. O sangue redime, limpa, justifica e purifica o crente. Pelo sangue de Jesus, todos os nossos pecados são perdoados.
Certa vez, quando estávamos ministrando a uma jovem sobre o sangue de Jesus, os demônios nos imploraram que parássemos de falar ou de cantar a respeito do sangue. Um demônio disse: "Eu não agüento ouvir essa palavra". Mandei o demônio dizer-me por que ele não agüentava ouvir falar sobre o sangue de Jesus. (Estou ciente de que não vamos aprender teologia com os demônios, mas ele falou a verdade.)
Disse-me: "Porque é tão vermelho, porque é tão quente, porque é tão vivo e cobre tudo." Refletindo sobre o assunto, entendemos que sangue vermelho é sangue vivo. Sangue quente é também sangue vivo. O sangue de Jesus é vivo. Por isso, e poderoso ainda hoje, tanto quanto naquele momento em que foi derramado na Cruz do Calvário. É o sangue da reconciliação. Os demônios são vencidos pelo sangue vivo da expiação. Amém. ...

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