Sunday, October 25, 2009

16 - Os Prós e os Contras nas Técnicas e nos Métodos

16 - Os Prós e os Contras nas Técnicas e nos Métodos
Ao mesmo tempo em que quero oferecer alguns pontos de orientação, quero deixar bem claro que este ministério de libertação sempre deve estar sob a direção do Espírito Santo. Há uma tendência entre os cristãos de procurar, nos ministérios espirituais, fórmulas que sirvam para todas as situações, em vez de ficarem abertos e dependentes do Espírito Santo.
Tenho observado que as pessoas envolvidas no ministério de libertação utilizam métodos diferentes uns dos outros. Isso é compreensível, visto que a Bíblia não dá muito detalhe sobre os métodos
usados por Jesus nem por Seus discípulos.
Não devemos ficar presos a regras que fabricamos para nosso próprio uso. Como hão de ser tais regras? Se somos bem-sucedidos usando certa técnica, então, somos inclinados a concluir que foi a técnica que obteve o resultado e não o poder do nome de Jesus. Tenho notado que o Espírito Santo gosta de variedade e que podemos confiar nEle para qualquer técnica necessária.
Quais são algumas das regras feitas pelos homens? Alguém pode dizer que NUNCA deveríamos impor as mãos numa pessoa que está sendo libertada. Outra pessoa insistirá com certeza que sempre deveríamos impor as mãos. Ainda outra dirá que se deve esfregar o estômago ou bater nas costas do cativo para libertá-lo. Se começarmos a procurar métodos e técnicas, o resultado será nada menos que confusão. E exatamente isso que o diabo quer de nós.
A verdade é que o Espírito Santo pode indicar qualquer dos métodos mencionados: O Espírito Santo tem me dirigido a fazer coisas estranhas nas ministrações de libertação. É nosso dever escutar ao Espírito Santo e Lhe obedecer. Será que Moisés estranhou quando Deus mandou-lhe ferir a rocha para providenciar água para o povo ou lançar uma árvore nas águas de Mara para que elas se tornassem doce, uma vez que os israelitas não podiam bebê-las por serem amargas?
Parece estranho que Jesus cuspisse no chão e fizesse um pouco de lama para usar na cura dos olhos de um cego. Que diferença faz a técnica escolhida pelo Senhor, contanto que os resultados apareçam?
A Imposição das Mãos
Há os que contendem que Jesus nunca impôs as mãos em ninguém durante uma libertação. Há, pelo menos, dois casos que indicam
o contrário: Um é a cura da sogra de Pedro. Está escrito em Lucas 4:39 que Jesus "repreendeu a febre". Ele tratou a febre como se fosse uma personalidade. Isso indica que a febre era demoníaca.
O texto paralelo em Mateus 8:15 diz: "Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou". Um segundo caso de imposição das mãos para libertação é o de uma mulher encurvada por um espírito de enfermidade.
"E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus." (Lucas 13:11-13.)
Desde que há poucos casos estabelecidos em que Jesus impôs as mãos nas pessoas durante a libertação, não é para resolvermos que a imposição das mãos é sempre necessária. O mesmo princípio de verdade é válido para se ministrar o batismo no Espírito Santo. As Escrituras indicam que houve a imposição das mãos para recebimento do Espírito Santo, mas, ao mesmo tempo, há outras ocasiões em que não houve a imposição das mãos? De novo repito: devemos ficar sensíveis à orientação do Espírito Santo sobre o que devemos fazer.
Lembro-me de uma vez em que estávamos expulsando demônios de um rapaz de 16 anos.
O primeiro demônio foi medo. O rapaz foi tomado pelos espíritos que o jogaram no chão. Cinco homens presentes fizeram tudo para reter o rapaz com o mínimo de sucesso. Mais outros demônios foram chamados e manifestações violentas acompanharam cada espírito. Sem demora, o Espírito Santo deu a palavra de conhecimento que a manifestação foi promovida pelo espírito de violência. O rapaz foi instruído a não deixar o espírito tomá-lo, mas de lutar conosco contra ele
para mandá-lo embora em nome de Jesus.
O espírito de violência foi expulso sem muito combate, e não houve mais distúrbio enquanto outros saíram. Isso nos mostrou que um demônio presente numa pessoa podia manifestar-se, enquanto outros espíritos estivessem sendo expulsos. Esse aprendizado ajudou-nos muito.
Em ministrações subseqüentes, quando a pessoa se tornava violenta, o demônio de violência era expulso, e as manifestações cessavam.
Um caso muito interessante foi o de uma mulher de 30 anos. Ela não era forte fisicamente e tinha sofrido cirurgia séria uns 3 meses antes da ministração de libertação. Não obstante, ela demonstrava força sobrenatural sob influência demoníaca. No começo da ministração, ela foi jogada no chão e ficou deitada. Por causa da força anormal demonstrada por ela, uma pessoa foi designada para tomar conta de cada perna e cada braço.
Minha esposa prendeu a perna direita da mulher e disse com autoridade: "Esta perna não vai se mexer". Naquele momento, a mulher levantou minha esposa do chão com aquela mesma perna!
Havia muitos espíritos fortes habitando naquela mulher. A luta para expulsar cada um era tão intensa que, fisicamente, ela não agüentava a expulsão de mais do que um ou dois por dia. Ela estava firme em seu propósito de ficar livre por completo, e vinha toda noite, depois do trabalho, para mais uma ministração. Foi somente depois de duas semanas de luta diária que encontramos a chave. Ficamos sabendo que, quando ninguém a tocava, os espíritos não reagiam tanto. Cada vez que alguém a tocava, um demônio gritava: "Não me toque!".
Confrontamos o espírito não-me-toque e o expulsamos. Depois de
ficar livre deste demônio não houve mais manifestações de violência.
Temos encontrado o demônio "não-me-toque" várias vezes. Em alguns casos, o demônio reage somente ao toque de um homem c em outros casos somente ao toque de uma mulher. Estes são os casos em que é melhor desistir de tocar na pessoa. Os casos em que a imposição das mãos ajuda a desligar os demônios são muito mais freqüentes.
Há casos em que os espíritos falam através da pessoa, e até choram e choramingam: "Sua mão está quente, está me queimando", ou palavras semelhantes. Os demônios podem sentir a unção das mãos de quem está ministrando e são torturados por elas.
Os demônios podem habitar em qualquer parte do corpo. Uma das áreas prediletas é o abdômen. Quando uma mão toca nesta área, os demônios freqüentemente saem pela boca, com mais prontidão. Por isso, é aconselhável incluir homens e mulheres numa situação de libertação. As mulheres podem tocar nas mulheres e os homens nos homens.
Em certa ocasião, estávamos ministrando a uma jovem senhora. Eu estava atrás dela com as mãos em sua cabeça. Os demônios estavam saindo rapidamente. Veio uma palavra de conhecimento que deveria tirar minhas mãos dela imediatamente. Passei para frente dela para ver qual era a manifestação em seu rosto.
O espírito de sensualidade tinha vindo à superfície e foi identificado como um "espírito de flertar". Através de palavras e expressões faciais ele começou a brincar com dois dos homens da equipe. Uma vez que o toque de um homem servia de "alimento" para tal espírito, ficou clara a razão por que o Espírito Santo levou-me a tirar as mãos de sobre ela.
Algumas das razões que surgem contra a imposição das mãos durante a libertação têm sua origem no medo. Algumas pessoas ficam
com medo, pensando que o espírito maligno vai atacá-las. Ouvi alguém dizer que, durante uma libertação, ele sentiu um demônio mover-se do cativo para sua mão, subindo pelo braço e entrando em seu corpo.
Pessoalmente, minha experiência não tem sido desse tipo. Tenho usado a imposição das mãos em centenas de pessoas, durante vários anos, e nunca fui atacado por demônio nenhum, como resultado desse contato físico. O princípio é este: nenhum demônio pode atacar-nos ou entrar em nós se não há oportunidade para isso. O medo pode providen- ciar tal brecha. Se alguém tem medo, então, o demônio já tem a abertura necessária.
Há uma situação que poderia deixar o ministro pensar que está sendo atacado, durante a ministração de libertação. Por exemplo, quando o espírito de dúvida estiver sendo expulso, e outra pessoa na sala já pode estar com um espírito de dúvida. Enquanto a ordem para sair é dada para "dúvida", os espíritos de dúvida nas duas pessoas podem manifestar-se. Tenho visto vários exemplos disso.
Mas a Escritora diz: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos" (1 Timóteo 5:22). Pessoalmente sou de opinião que essa passagem se refere somente à imposição das mãos na ordenação e não tem referência à imposição das mãos para os fins de cura, batismo no Espírito Santo ou libertação.
Reconhecendo que essa passagem pode ser aplicada à libertação, não se trata de uma proibição, mas de uma advertência. Isso é um princípio aplicável em todas as situações em que se emprega a imposição das mãos. Realmente, não é para nós ministrarmos a cada pessoa que encontramos, ou ministrarmos a uma pessoa antes que ela tenha sido preparada adequadamente.
Repito e enfatizo que o que devemos evitar é o medo dos
espíritos imundos. Se o diabo nos deixa com medo dele, ele já ganhou um contra-ataque. A Bíblia nos dá a confiança de que podemos entrar em luta contra os espíritos demoníacos, absolutamente sem medo da possibilidade de vingança contra nós.
"Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano." (Lucas 10:19.)
"E que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição, é para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus." (Filipenses 1:28.)
Os demônios farão tudo para criar medo nos que ministram libertação. Já ouvi espíritos falarem através da pessoa, e olhar para mim com um olhar gelado, e, com o rosto da pessoa no meu, dizerem três vezes, e cada vez com mais ênfase: "Vou te pegar! Vou te pegar! VOU TE PEGAR!"
Calmamente, respondi: "Não, demônio, você não vai me pegar. Jesus disse que eu posso pisar cm você e você não me causará dano nenhum. Não tenho medo de você, e saia em nome de Jesus." O demônio saiu, sem causar qualquer dano.
Não devemos prestar atenção às ameaças dos espíritos de- moníacos, pois eles são simplesmente mentirosos e acusadores.
Em outras ocasiões, o demônio me ameaçou dizendo: "Se me expulsar, vou entrar em você" (ou em alguém na sala). O seu objetivo é criar medo e fazer o ministro de libertação cessar o ataque. O medo é uma das táticas comuns do inimigo, e devemos nos sentir seguros em nosso coração de que não temos nada a temer. O inimigo já está derrotado por Jesus e ao nome de Jesus "se dobre todo joelho" (Filipenses 2:10).
Conversando com os Demônios
Não é possível pôr fim a toda conversa dos demônios ao lidar com eles em libertação. Às vezes, eles falarão, como fizeram com Jesus. Mas devemos conversar com eles quando eles desejam falar? Tenho um ponto de vista bem conservador a respeito disso. Não devemos conversar com os demônios, a menos que o Espírito Santo indique o contrário.
Na libertação do gadareno, Jesus mandou o espírito falar, dizendo: "Qual é o teu nome?" (Marcos 5:9). Qual é a vantagem em fazer o demônio se identificar? Por experiência, tem sido provado que é mais fácil quebrar o poder de um demônio depois de ele se identificar. Alguns espíritos são mais tenazes que outros. Em geral, quando um espírito teimoso é obrigado a identificar-se, ele sairá. Seu poder é quebrado.
Contudo, há um perigo inerente em conversar com os demônios. Nunca devemos conversar com os demônios a fim de conseguirmos mais conhecimentos. A Bíblia condena tal comunicação com os demônios. (Veja Deuteronômio 18:10, 11.) O cristão tem o Espírito Santo que é sua fonte de sabedoria, conhecimento e liderança.
Ainda que mandados falar a verdade em nome de Cristo Jesus, os demônios irão mentir. Mas há ocasiões em que o Espírito Santo indica que é para você forçar um demônio a revelar os nomes dos outros habitantes demoníacos. Mais uma vez, isso tem o propósito de quebrar a resistência deles. Não deveria ser um substituto para o dom de discernimento de espíritos. Não dependemos da boca mentirosa dos espíritos maus para dar-nos as informações que podemos receber do Espírito Santo.
No início do meu ministério de libertação, eu mandava os espíritos falarem. Não custou muito para perceber que todos eles falavam das
mesmas coisas, salpicando-as com um pouco da verdade.
O ministro que está principiando é geralmente inclinado a querer ouvir os demônios falarem, mas logo irá entender que não é necessário. Os demônios são bastante espertos para saber que quanto mais eles possam prolongar uma conversa, tanto mais tempo eles podem ficar na pessoa. O que eles detestam ouvir são as palavras: "Cala a boca e sai!" A conversa deles é geralmente uma tática de retardamento.
"Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou: Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus! Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem. Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele." (Marcos 1:23-26.)
Há mérito também em interrogar os demônios através da pessoa que está sendo libertada. Uma senhora veio a mim, certa vez, para ser libertada e estava com muitos "sintomas" de opressão demoníaca.
Duas horas de ministração não produziram nenhum resultado. Não houve a mínima manifestação indicando a presença de qualquer demônio, e muito menos a saída de qualquer um.
No dia seguinte, eu estava lendo o Evangelho de Marcos. Ao chegar à conhecida parte sobre o gadareno, no quinto capítulo, o Espírito Santo me tocou no versículo sete, onde o demônio tinha suplicado: "não me atormentes". Peguei meu dicionário de grego e notei que a palavra "atormentar" significa "interrogar pela aplicação de tortura".
Chamei a senhora para voltar naquela noite. Comecei a bombardear os espíritos com perguntas: "Como se chamam? Há quanto tempo vocês estão habitando nela? Vocês são tão tolos em pensar que podem resistir ao nome de Jesus?", etc. Dentro de poucos minutos a
mulher começou a tossir e a expelir os espíritos maus.
Os demônios não tinham falado através desta senhora nem deram qualquer sinal de ter ouvido o que eu tinha dito, mas a tortura da interrogação tinha quebrado o poder deles. Podemos estar certos de que as nossas perguntas e ordens são eficazes mesmo antes que possamos perceber quaisquer resultados externos.
As Interrupções Durante a Ministração
A libertação pode acontecer numa atmosfera serena. A experiência aumentará a confiança e permitirá à pessoa ministrar sem tensão. O ministro tem de reconhecer que ele é o servo do Senhor Jesus e que está se movendo no poder e na autoridade a ele concedidos. Quem está mandando na situação é ele e não o poder do demônio.
Uma ministração pode ser prolongada. Pode gastar horas. O cativo, tanto quanto o ministro da libertação, podem precisar de uns minutos de descanso. Geralmente é conveniente ter uma pausa, depois que um grupo de espíritos foi expulso. Nada é perdido por se ter uma pausa, pois você simplesmente começa no ponto em que parou.
É comum acontecer que, no meio de uma ministração, a pessoa lembrará outras áreas invadidas pelos demônios, ou o Espírito Santo vai iluminá-lo com informações importantes. E certo parar e deixar a pessoa contar essas coisas.
Mas tome cuidado: pode ser um truque do inimigo. O cativo pode dizer: "Quero tomar água", ou qualquer outra coisa semelhante, para deixar a sala. As vezes, é o demônio falando, e não a pessoa. O demônio fará tudo a fim de levar a pessoa para fora do lugar da ministração.
Esteja alerta e não seja vítima de um truque desses. Até que ponto a pessoa está tomada pelos espíritos? Os olhos estão brilhantes ou o
olhar é fixo? E como é a voz da pessoa? O que seu próprio espírito está dizendo?
Um amigo meu era novato no campo de libertação. Ele e um colega estavam expulsando os demônios de um homem. Os espíritos tinham tomado conta do homem e os dois ministros estavam no chão segurando os braços e as pernas do cativo. Depois de algum tempo o homem reclamou que estava sendo maltratado e precisava descansar um pouco.
Sem reconhecer que era o demônio falando, e não o próprio homem, eles o deixaram. Logo que as pernas ficaram livres, o demônio fez o homem dar um chute e meu amigo ficou com três costelas quebradas. Este caso é um pouco fora do comum, mas enfatiza a necessidade de se reconhecer quem está falando.
As Posições do Corpo
Desde que os demônios são geralmente expelidos pela boca ou nariz, e podem ser acompanhados por catarros e muco, é melhor que a pessoa esteja numa posição compatível com tais manifestações. Uma das melhores posições é sentar-se numa cadeira comum e inclinada da cintura para frente, com os braços sobre os joelhos. Se a ministração for de curta duração, a pessoa pode ficar em pé.
Em alguns casos, é possível que a pessoa queira deitar-se com o rosto para o chão ou ficar com as mãos e os joelhos no chão. A posição varia com o tipo de manifestação que é revelada. Em geral, a própria pessoa acertará a melhor posição para a manifestação, sem qualquer instrução. É só fazer aquilo que seja normal ou natural.
Estive presente numa reunião dirigida por um ministro pro- eminente em libertação. Era uma reunião bem grande e mais de cem
pessoas se apresentaram para serem libertas. O ministro pediu que outros com experiências nesse setor viessem ajudá-lo.
Um rapaz, perto de mim, logo foi tomado e caiu no chão. Ele estava tossindo violentamente e os demônios estavam saindo de sua boca com espuma. Era verão e a sala estava muito quente. Eu podia ver que ele estava muito desconfortável e sugeri que ele se sentasse um pouco.
Outro homem, que estava perto de mim, me censurou por isso e disse-me que era necessário que ele continuasse na mesma posição em que ele começou até que todos os espíritos saíssem. Cumpri as instruções, uma vez que a libertação do homem era muito mais importante do que um debate com aquele senhor. Mas isso é contrário a toda a minha experiência. A pessoa que está sendo libertada pode ficar numa posição confortável. .

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